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O que é o autismo/transtorno do espectro autista (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo é uma condição que cresce cada vez mais em prevalência conforme mais se desdobram as pesquisas estatísticas a respeito desta, incluindo estudos sobre CBD e autismo.

De acordo com a WHO (World Health Organization) em 2023, uma estimativa média global seria de que 1 a cada 100 crianças no mundo são autistas. Também, um estudo controlado realizado pela CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em 2020 aponta uma prevalência que totaliza 1 a cada 36 crianças com autismo nos Estados Unidos.

No Brasil, os dados acerca desses números ainda são desconhecidos ou escassos. Para referência, um dos últimos dados de que se tem notícia é de 2010, e vem de um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que cita o país como tendo, naquela época, aproximadamente 2 milhões de pessoas com autismo.

Inclusão do autismo nas Estatísticas públicas no Brasil

Foi apenas em 2019 que o autismo foi colocado pela primeira vez no radar das estatísticas públicas, através da sanção da Lei Nº 13.861, que obriga o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a incluir perguntas sobre Autismo nos censos demográficos. Tomando como base os dados supracitados, pode-se estimar que entre 6 a 8 milhões de pessoas no Brasil são autistas.

Características do diagnóstico do autismo

O autismo se caracteriza como um espectro por ser uma condição que engloba não apenas diferentes grupos de manifestações, mas também por envolver um processo de diagnóstico muito complexo em sua identificação e validação, principalmente por conta das singularidades de cada indivíduo.

Complexidade do diagnóstico de TEA

Por não existir um único tipo de exame (como exames laboratoriais ou de imagem) que seja capaz de identificar as características do espectro, o diagnóstico costuma acontecer através de testes e observação direta do comportamento do paciente junto aos relatos dos pais ou cuidadores.

Por isso, o diagnóstico de TEA é puramente clínico, feito a partir da avaliação do paciente por um ou mais especialistas habilitados e com a ajuda de testes e escalas padronizadas como, por exemplo, as Matrizes Progressivas de Raven, MCHAT, ADI-R e ADOS.

A natureza do transtorno de neurodesenvolvimento

Por ser um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta as esferas do desenvolvimento, comportamento, comunicação social e habilidade motora de um paciente, o TEA não possui uma cura definitiva e por isso, também não se caracteriza como uma doença.

Fatores genéticos e ambientais associados ao TEA

Apesar dos esforços científicos na busca por fatores genéticos e ambientais que possam influenciar o desenvolvimento do cérebro no contexto desta neuroatipicidade, as descobertas ainda são poucas.

Predisposição genética no TEA

Sabe-se, no entanto, que além da predisposição genética, responsável por 80% do risco de uma pessoa desenvolver TEA por constituição genética inata (genes herdados dos pais) – estimativa levantada por uma pesquisa da JAMA Psychiatry (2019); pesquisadores da revista médica Current Opinion in Pediatrics encontraram evidências indiretas para a ciência atentar-se ao risco de TEA durante o início da gravidez ou desenvolvimento infanto do cérebro, quando estas apresentam qualquer relação com exposição ao chumbo, álcool etílico e metilmercúrio, talidomida, misoprostol e ácido valpróico; infecção materna por rubéola; e o inseticida organofosforado, clorpirifós.

Vacinas e autismo: esclarecimento científico

Por fim, quanto às vacinas, não há evidências críveis de que sejam responsáveis pelo desenvolvimento desta deficiência neurológica.

Desafios e impactos do autismo na vida dos pacientes e cuidadores

Por sua natureza complexa, o TEA se apresenta então como uma condição que levanta não apenas muitas dúvidas, mas também muitos desafios e dificuldades que acabam por se estender durante a vida inteira de alguns pacientes, familiares e cuidadores. Parte dos pacientes com autismo não consegue desenvolver autonomia, exigindo assim, suporte primário vitalício.

Impacto do TEA na qualidade de vida

Deste modo, algumas famílias enfrentam desafios contínuos que podem afetar a qualidade de vida de todos os envolvidos nos cuidados do portador, considerando que é necessário levar em conta fatores relacionados à saúde, barreiras financeiras, número de filhos e estresse parental, por exemplo.

Diagnóstico precoce do TEA: importância e abordagens emergentes

Por abranger uma gama muito grande de manifestações com diferentes níveis de gravidade, o processo do diagnóstico se torna extenso e exige o cuidado de uma equipe multidisciplinar (fonoaudiologia, neurologia, psicologia, pediatria etc).

Por isso, é recomendada a investigação clínica ainda durante a primeira infância de uma criança, isto é, até seus primeiros 5 anos de vida, para que, levantado um diagnóstico precoce, seja possível buscar o tratamento adequado o mais cedo possível, incluindo discussões sobre abordagens emergentes como CBD e autismo.

Condições comórbidas associadas ao TEA

Mais de 70% dos pacientes com autismo sofrem de condições comórbidas, sendo as mais comuns: ansiedade, depressão, déficit de atenção e transtorno de hiperatividade, déficits persistentes de comunicação social, padrões de comportamento e interesses restritivos ou repetitivos, agressividade, irritabilidade, e distúrbios de sono.

Complicações Comórbidas Raras em Pacientes com TEA

Além destas complicações, síndromes mais raras como a de Dravet ou Asperger estão presentes em alguns casos. Quadros de epilepsia costumam ser associados ao autismo em uma taxa de 20%, manifestando-se majoritariamente durante a infância ou adolescência e agravando-se para quadros de epilepsia refratária em casos mais sensíveis.

Abordagens Terapêuticas Emergentes para o Tratamento do TEA

Com o intuito de remediar algumas manifestações, diferentes tipos de tratamentos que englobam os campos fisiológicos e cognitivos costumam ser implementados, no entanto, uma média de 40% dos pacientes com TEA com manifestações comportamentais não respondem bem aos tratamentos tradicionais.

Nos últimos anos, com mais entendimento do CBD e autismo, como um agente coadjuvante e em alguns casos, protagonista, os canabinoides revelaram-se como uma descoberta terapêutica fundamental capaz de melhorar ou tratar as principais manifestações de pacientes autistas cujo quadro clínico se revelava não apenas fármaco-resistente, mas também não progressivo em relação aos tratamentos tradicionais.

Formas de tratamentos convencionais e seus efeitos colaterais.

Este artigo tem como objetivo abordar de forma estratégica o contexto médico e científico que engloba a realidade do espectro autista hoje. Também objetiva apresentar a relação do cbd e autismo e outros canabinoides naturais extraídos da cannabis que possibilitam uma alternativa de medicina e saúde para pacientes (e seus familiares) que ainda não conseguiram encontrar um tão necessário equilíbrio e tranquilidade no seu dia a dia.  

Dentre os diferentes graus de manifestações do autismo, existem duas categorias que dividem sua natureza, sendo essas, as fisiológicas (relativas ao funcionamento físico e biológico do corpo) e as cognitivas (relativas aos processos mentais, como pensamento, aprendizado, memória e percepção). Abaixo descrevemos essas diferenças para entendermos melhor a relação do cbd e autismo.

Manifestações fisiológicas do autismo (TEA)

Compreendem as condições biológicas de base genética, metabólica ou neurológica que podem coexistir com o autismo, mas não são características definidoras do transtorno em si.

Embora não façam parte dos manifestações centrais autísticos, as condições fisiológicas podem exacerbar ou serem exacerbadas pelos comprometimentos cognitivos e comportamentais.

Por isso, requerem avaliação e tratamento médico criteriosos, bem como terapias complementares específicas para cada manifestação clínica coexistente.

Epilepsia/Convulsões14Dificuldades de Flexibilidade Cognitiva20
Distúrbios Gastrointestinais15Desregulação Hormonal21
Distúrbios do Sono16Carências Nutricionais22
Alterações Metabólicas17Problemas Motores23
Disfunções Imunológicas18Problemas de Comportamento Alimentar24
Alterações Sensoriais19

Manifestações Cognitivas

Englobam os principais déficits neurocomportamentais definidores do Transtorno do Espectro Autista.

Estes decorrem de alterações no desenvolvimento e funcionamento de circuitos cerebrais especializados no processamento de informações intelectuais, sociais, comunicativas e sensoriais.

Esses circuitos neurocognitivos atípicos moldam um estilo singular de aprendizagem, pensamento e resolução de problemas que representam o núcleo experiencial do autismo.

Comprometimentos na Comunicação Social Recíproca25Desafios de Planejamento e Organização31
Déficits na linguagem26Rigidez Mental32
Comportamentos Repetitivos e Interesses Restritos27Desafios de Empatia33
Dificuldades de Flexibilidade Cognitiva28Dificuldade com Interpretação Literal34
Problemas de Regulação Emocional29Hiperfoco e Obsessão35
Dificuldades de Aprendizagem30

Formas de Tratamentos Convencionais

Antes de considerar o cbd e autismo… Dentre as inúmeras manifestações oriundas de um quadro de TEA, diferentes abordagens terapêuticas costumam ser implementas como remediadoras.

A inclusão de diferentes tipos de terapias comportamentais, farmacoterapias e intervenções estratégicas costumam apontar melhorias, mas em alguns casos, podem tornar-se não progressivas.

No caso das farmacoterapias, por exemplo, o paciente pode ficar refém de um coquetel ou um grupo muito extenso de remédios controlados, que podem acabar por despir seus mecanismos orgânicos de uma capacidade autônoma de melhora e qualidade de vida. 

Com base nos dados levantados, e para ajudar a entender a relação do cbd e autismo, desenvolvemos os infográficos abaixo, com a finalidade de melhor ilustrar o que cada nível do espectro apresenta como manifestação e suas respectivas gravidades.

É importante considerar que cada paciente de TEA é um caso único, entretanto, existem algumas similaridades que possibilitam os profissionais da área da saúde a compreenderem com maior clareza o nível de intensidade de um quadro autístico. Dentro desse contexto, o cbd e autismo se posicionam como uma alternativa não convencional capaz de entregar resultados surpreendentes.

Infográfico Sintomas do Nivel 1 de Autismo - cbd e autismo
Tabela de Manifestações Comuns do Nível 1 do Espectro Autista
Infográfico Sintomas do Nivel 2 de Autismo
Tabela de Manifestações Comuns do Nível 2 do Espectro Autista
Infográfico Sintomas do Nivel 3 de Autismo
Tabela de Manifestações Comuns do Nível 3 do Espectro Autista

Tabela de Manifestações e Tratamentos Indicados:
TEA (Transtorno do Espectro Autista)

MANIFESTAÇÕESTRATAMENTOS
Distúrbios de sono leves, moderados ou graves
Inclui desde dificuldade ocasional para iniciar ou manter o sono e acordar muito cedo (leve), até insônia frequente, despertares noturnos e dificuldade em se acalmar para dormir (moderado), podendo chegar a insônia crônica, apneia do sono, sonambulismo e inversão total do ciclo sono-vigília (grave).
Terapia de Higiene do Sono; Terapias comportamentais; Antidepressivos; Melatonina; Hipnóticos; Antipsicóticos; Anticonvulsivantes; CBD
Dificuldade com conversação recíproca, comunicação verbal e não verbal
Manifesta-se através de atrasos ou ausência no desenvolvimento da fala, uso limitado e idiossincrático da linguagem, bem como falhas em integrar adequadamente a comunicação verbal com comportamentos não-verbais como gestos, expressões faciais e contato visual.
Terapia de Fala/Linguagem; Comunicação Aumentativa/Alternativa; Treinamento de Habilidades Sociais; Terapia Cognitivo-Comportamental; Intervenção Comportamental Intensiva; Terapia de Interação com Pares; Uso de Histórias Sociais
Problemas com leitura de expressão facial e linguagem corporal
Envolve dificuldade em interpretar de forma acurada as expressões emocionais e os sinais não-verbais presentes nas expressões faciais e na linguagem corporal de outras pessoas, levando frequentemente a mal-entendidos nas interações sociais.
Terapia Ocupacional; Terapia de Integração Auditivo-Visual (IAVT); Análise Aplicada do Comportamento (ABA)
Impedimentos sociais perceptíveis e falta de reciprocidade ou apatia
Caracteriza-se por um evitamento do contato social, com a pessoa não iniciando interações por conta própria. Quando forçadas a interagir, apresentam respostas sociais inapropriadas ou uma completa falta de reciprocidade ou interesse.
Treinamento de Habilidades Sociais; Medicação Adjuvante; Análise Aplicada do Comportamento (ABA); Terapia de Interação com Pares; Terapia de Desenvolvimento de Relacionamentos; CBD
Interesses ou preocupações restritas e intensas
Manifestam-se através de um hiperfoco desproporcional em tópicos, objetos ou atividades muito específicas, de forma inflexível e obsessiva, com grande resistência em se engajar em outros interesses.
Terapia Recreativa; Intervenção Mediada por Pares; Curriculo de Habilidades Funcionais; Estratégias Cognitivo-Comportamentais; Medicação Adjuvante; Exposição Graduada com Reforço
Dificuldade em manter contato visual
A pessoa desvia o olhar frequentemente e evita fazer contato ocular direto e prolongado durante as interações sociais.
Terapia Comportamental; Análise Aplicada do Comportamento (ABA); Treinamento de Habilidades Sociais; Jogos e Atividades de Atenção Conjunta
Comportamentos ou movimentos repetitivos, nocivos ou agressivos
Incluem maneirismos motores estereotipados e repetitivos, automutilação como bater a cabeça, arranhar-se, além de potenciais agressões físicas direcionadas a si mesmos ou a outras pessoas.
Antidepressivos; Antipsicóticos; Manejo de Crises e Contenção; CBD
Resistência a mudança em rotinas, resistência extrema com mudanças
Caracterizada por uma insistência inflexível e extrema em seguir rotinas estabelecidas, com grande sofrimento e reações adversas intensas diante de quaisquer tentativas de modificação ou quebra dessas rotinas.
Acomodações Ambientais/Apoios Visuais; Dessensibilização Sistemática; Treinamento de Flexibilidade Cognitiva; Técnicas de Regulação Emocional
Hipersensibilidade ou hipossensibilidade
Refere-se a uma hiper ou hipo-reatividade a estímulos sensoriais como sons, luzes, texturas e sabores, demonstrando respostas incomuns de aversão ou fascinação intensa por tais estímulos.
Terapia Ocupacional; Terapia de Integração Sensorial; Modificações Ambientais; Dessensibilização Sistemática
Respostas incomuns a estímulos sensoriais como imagens, sons, texturas
A pessoa pode apresentar fascinação ou aversão exagerada por certos padrões visuais, ruídos específicos ou certas texturas e sabores.
Terapia Ocupacional; Terapia de Integração Sensorial; Modificações Ambientais; Dessensibilização Sistemática
Possível deficiência intelectual e/ou comprometimento da linguagem
Muitos indivíduos no espectro apresentam QI abaixo da média e/ou atrasos significativos na aquisição e uso funcional da linguagem, embora isso não seja universal.
Educação Especial; Intervenção Precoce Intensiva; Terapia de Linguagem e Fala; Enriquecimento Cognitivo-Linguístico; Ensino de Habilidades Funcionais; Terapia Cognitivo-Comportamental 

Medicina integrativa: CBD e autismo, qualidade de vida como meta no tratamento

Avanços científicos e a relação entre CBD e autismo

Nos últimos anos, com a ajuda dos avanços científicos sobre a neurociência e o sistema endocanabinoide no corpo humano, entendemos melhor a relação do cbd e autismo, muitas pesquisas corroboraram com o entendimento acerca dos benefícios terapêuticos da cannabis e seus canabinoides para o tratamento do autismo; sejam eles, ​​estudos clínicos controlados, estudos pré-clínicos em animais, pesquisas epidemiológicas e observacionais, meta-análises ou estudos de farmacocinética, núcleos de pesquisas de diferentes países do mundo – muitos apontaram melhoras significativas em diferentes manifestações do autismo nos pacientes em tratamento. 

Levantamento bibliométrico sobre CBD e autismo

Um levantamento bibliométrico divulgado pela Bentham Science em 2020, analisou 1.167 artigos científicos publicados entre 1940 e 2019 onde alguns abordam o contexto do cbd e autismo, considerados de relevância científica pelas principais bases de dados, colocando a USP em primeiro lugar como a instituição que mais publica artigos sobre o canabidiol (CBD) no mundo.36

Dentre alguns destes estudos, permeados com descobertas sobre cannabis, algumas das mais relevantes são sobre a eficácia no tratamento da epilepsia refratária37; sobre as propriedades ansiolíticas e efeitos antipsicóticos38; propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras39; propriedades analgésicas40; potencial no tratamento de distúrbios do sono41; potencial no tratamento de distúrbios do sistema nervoso central (SNC)42; potencial no tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes43; potencial no tratamento de distúrbios do sistema gastrointestinal44; potencial no tratamento de dependência e distúrbios relacionados ao uso de substâncias45 e potencial no tratamento de distúrbios metabólicos e cardiovasculares.46 Tais estudos expandem as possibilidades e, consequentemente, aumentam a expectativa com relação a um aumento na qualidade de vida de quem convive com o espectro de alguma forma.

Benefícios do CBD para autismo: evidências e relatos

Dentre todos esses avanços científicos, de acordo com um estudo publicado em 2011 pela revista Nature, uma das mais prestigiadas e influentes revistas científicas do mundo, a maior linha de evidências sobre os benefícios do cbd e autismo vem de estudos clínicos com participantes do espectro autista.

Nas últimas duas décadas, pais de crianças autistas relataram um sucesso anedótico no tratamento autônomo de seus filhos com cannabis medicinal.47

Estudo de Caso: Paciente masculino de nove anos de idade diagnosticado com TEA não verbal48

Estudo de caso sobre CBD e autismo: contexto e diagnóstico do paciente

Um estudo de caso sobre cbd e autismo publicado pela revista Cureus em 2022, demonstra o uso de CBD com baixas doses de THC para gerenciar as manifestações associadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e aumentar a qualidade de vida de um paciente e sua família.

O jovem de 9 anos (39kg), diagnosticado com autismo não verbal, exibia explosões emocionais, comportamentos inapropriados e déficits sociais que se acumulavam em um grande desafio para seus cuidadores.

O paciente foi diagnosticado com autismo não verbal enquanto ainda tinha 3 anos de idade e exigia supervisão 24 horas por dia. Ele não utilizava medicações psiquiátricas devido a preferências culturais de sua família.

Manifestações comportamentais antes do tratamento com CBD

Antes da integração do CBD, o paciente exibia manifestações comportamentais como explosões de raiva e agressões físicas (socos, chutes, mordidas, cabeçadas e arranhões); ações autolesivas, incluindo socos na cabeça e no peito.

Além destes, apresentava comportamentos inapropriados como brincar com fezes e balançar-se no chão para se acalmar.

Estava, ainda, constantemente frustrado por mal-entendidos ao interagir com os outros e tinha dificuldade em iniciar o sono, levando de 1 a 4 horas para dormir, dormindo um total de 4 a 5 horas por noite, com frequentes despertares, além de precisar de fraldas todas as noites devido a incontinência.

Frequentava uma escola pública com apoio e tinha dificuldade no desenvolvimento acadêmico, bem como em interagir com os professores e outros alunos, e em seguir as regras.

Início do tratamento com CBD e ajuste da dosagem

Dentro do contexto do cbd e autismo, o paciente começou o tratamento com CBD através de uma clínica de cannabis medicinal aos 7 anos e meio de idade iniciando com uma formulação full-spectrum de alto teor de CBD (Canabidiol) e baixo teor de THC (Tetrahydrocannabinol). Cada mL tinha 20mg de CBD e menos de 1mg de THC, sendo que a dosagem inicial era de 0.1mL administrada duas vezes ao dia durante refeições, sendo intensificada até atingir uma resposta terapêutica, chegando a uma dose de 0.5ml duas vezes ao dia. Para corresponder ao crescimento físico do paciente, a dose de CBD foi posteriormente aumentada para 0,5mL três vezes ao dia, escalando não apenas com o progresso do tratamento, mas também sem quaisquer relato de efeitos colaterais por parte do cuidador.

Resultados positivos após o tratamento com CBD

Após as primeiras duas semanas do início do tratamento, o paciente passou a precisar de apenas 10-15 minutos para ter seu sono induzido e dormia por 8-10 horas.

Parou de fazer uso de fraldas e passou a conseguir ir ao banheiro limpar suas mãos e voltar até a cama sem supervisão, demonstrando uma melhora em sua autonomia e mudanças comportais significativas.

Também foi possível notar uma redução de ansiedade, demonstrando melhora no humor e em sua capacidade de concentração. Conforme evolução do tratamento, ele passou a ser capaz de praticar o manejo de um lápis e traçar letras, bem como seguir instruções mais simples como buscar roupas, por exemplo.

Na escola, o paciente passou a receber relatórios com melhores notas e experienciou menos raiva e essa melhora lhe permitiu interagir com seus colegas sem sinais de agressão. 

Melhoria Geral na Qualidade de Vida

Além disso tudo, ainda, no cbd e autismo, após a inclusão de CBD em seu tratamento, houve uma redução significativa na compulsão alimentar e no “beliscar” (costume apontado pela mãe), pois o paciente estava satisfeito com intervalos regulares entre as refeições.

Seu peso não se alterou significantemente além da expectativa de aumento oriunda de sua maturidade.

Auto-lesões e comportamentos violentos diminuíram com o tratamento, o que possibilitou uma administração mais fácil de suas injeções diárias de insulina.

De maneira geral, evidencia-se uma melhora significativa em sua qualidade de vida e na de sua família, inclusive.

Segundo a mãe do paciente: “Desde o início do CBD, os professores e o diretor têm observado mudanças positivas significativas.

Ele fica sentado por mais de 30 minutos, segura um marcador e está focado o suficiente para tentar traçar letras ou números. A mudança tem sido incrível de se testemunhar.”

Guia de Dosagem

No contexto de cbd e autismo, para iniciar o tratamento com CBD é muito importante primeiramente consultar com um profissional de saúde, que irá avaliar as necessidades individuais, o histórico médico e a gravidade das manifestações. A dosagem apropriada irá depender de alguns fatores como peso corporal, metabolismo e sensibilidade. Dessa forma, ao usar óleo de CBD para autismo, é importante começar com uma dosagem baixa e aumentá-la gradualmente conforme necessário. 

Alguns relatos científicos, recomendam iniciar com uma dose baixa de 0,349 a 1,0 mg/kg/dia50 dividida em 2 doses diária e aumentá-la gradualmente ao longo do tempo até que os efeitos desejados sejam alcançados.  Os intervalos de escalonamento variam de 0,3 mg/kg a 1,0 mg/kg de CBD em dias alternados ou semanas de tratamento. A dose final sugere-se não exceder de 10 mg/kg/dia (ou total de 400 mg/dia) de CBD dividida em 3 doses diárias(50 51).

Pode ser útil manter um diário ou registro das manifestações e dosagens para ajudar a monitorar o progresso e ajustar as dosagens de acordo. É importante não exceder as dosagens recomendadas sem consultar primeiro um profissional de saúde. Tomar demasiado óleo CBD pode levar a potenciais efeitos secundários, como fadiga ou alterações no apetite ou no peso. A monitorização cuidadosa de reações adversas difíceis de detectar decorrentes do uso de produtos à base de cannabis, incluindo psicose, deve ser realizada por um prestador com experiência clínica na avaliação e gestão de pacientes com TEA e condições co-mórbidas.

*A dose apresentada no quadro não é uma orientação médica. O dado do exemplo foi baseado em estudos científicos publicados sobre o assunto.

Conclusão

Não apenas com base em múltiplos avanços e descobertas científicas, mas principalmente através de relatos reais de pais e cuidadores que observaram e experienciaram a transformação de suas vidas e das de seus filhos e/ou pacientes, considerando CBD e autismo, a adoção do CBD (Canabidiol) para o tratamento de pacientes no espectro autista tem se provado cada vez mais eficiente em ajudar a estabilizar algumas das manifestações cognitivas e fisiológicas mais complexas de se tratar de forma convencional. 

Revelando assim um novo horizonte de não apenas mais saúde para o cbd e autismo, mas também de esperança por uma vida mais natural e humana para pacientes autistas que nem sempre encontram a inclusão, o auxílio médico, farmacêutico e/ou científico que precisam para aproveitarem ao máximo seu potencial em uma vida que, marcada pela neurodiversidade, é especial para todos que a conhecem verdadeiramente. Uma jornada que revela uma verdadeira magia que reside nas entrelinhas da imensa gama de desafios por trás do espectro.

Referências

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